quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

And so this is Christmas

Escrevo da minha sala, com a árvore de natal - por mim decorada - à minha frente e quem mais amo a rodear-me. Velas iluminam o ambiente, como eu gosto. Tenho o que basta para que a minha noite seja feliz.
Sinto ter deixado este meu Amor e Papoilas ao abandono. Estou mais fechada, muito menos inspirada e, creio que por força dos acontecimentos ao longo do último ano, muito mais introspectiva e muitíssimo menos comunicativa. Tudo isso reflecte-se aqui. Antagonicamente, o meu silêncio também me reflecte.
Se soubesse definir como me sinto, fá-lo-ia, mas há muito que não sei. Não será sempre assim.
Mas, enigmas à parte, escrevo hoje, porque não quero, de todo, deixar de formular os meus votos de Feliz Natal. Gosto do Natal. Muito. Sempre gostei. Já foi completo, já foi perfeito, mas continua a ser uma altura em que me sinto muito feliz por poder ter quem amo comigo. Ainda que já não sejam todos. Na verdade, é precisamente isso que hoje me faz valorizar tanto quem tenho. E estar grata por isso. Sinto-me de coração quente e cheio de alento porque é uma altura de união, de desfrutar do amor que nos rodeia. De reformular votos, de dizer que se ama, que se sente saudades, de olhar para o lado e ser solidário, de dizer, espontaneamente, que afinal nos lembramos de quem raramente vemos. E não há nada melhor neste mundo.
E é isto que venho dizer hoje. Que desejo que o vosso Natal seja tão caloroso, doce e aconchegante, como o meu, com certeza, será.
Feliz Natal.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Só gosto de ti

Hoje? Hoje estou assim. Felizmente, a maioria das minhas neuras é sol de pouca dura. Afinal, relativizar mais e perspectivar menos pode ser uma grande ajuda para que se viva melhor. E hoje...bem, hoje tenho todos os motivos para respirar fundo e sorrir.


domingo, 1 de novembro de 2009

A espera

Ofereceste-me ilusões e, com o tempo, eu fui querendo recebê-las. Os sonhos foram ganhando forma e eu esperei que se tornassem reais. As dificuldades surgiam sempre e eu esperava que se dissipassem. Houve tempos em que sim, outros nem tanto. Outros nem tanto. A vida foi passando e eu esperei que chegasse o dia. O dia da maturidade, da estrutura consolidada, dos demónios afugentados. Fiz o que pude e o que soube e lutei. E esperei, tive fé. Hoje, o presente passa-me diante dos olhos e eu sinto-me aprisionada, muda, mera espectadora enquanto o observo, lentamente, rapidamente a tornar-se passado. Enquanto espero. Percebo agora que tenho esperado mais do que deveria. Esperar, ter fé, perseguir um objectivo. Pergunto-me qual será a linha, ténue ou não, que separa os três. Se é que, de facto, existe. E pergunto-me quando será o momento de deixar que essa linha se parta.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

As boas novas

Os azedumes terão de ser adormecidos por hoje. Hoje, agora, que tenho o meu futuro imediato a bater-me à porta, à minha espera, a fazer-me a vontade e a deixar-me avançar. Tenho de concentrar-me em mim e, de preferência, na parte boa. Incerto, que seja. Ainda assim, um desafio, uma aprendizagem e, para já e por agora, é tudo quanto me basta.
Curiosamente, não estou tão nervosa ou tão ansiosa quanto seria de esperar (pelo menos vindo de mim). Tenho tido momentos. Outros em que se misturam muitos e, talvez por isso, não consiga fazer uma correcta distinção. Não faz mal ter medo, estar insegura. Faz parte do pacote "principiante" e eu sei bem disso. Felizmente, conto com aquilo que acredito ser uma boa presença de espírito para me reconfortar caso me sinta só, desamparada ou deslocada.
E, contudo, não posso deixar de perguntar-me se os momentos mais difíceis me surgirão sempre a par de uma boa nova ou de uma nova fase de vida. Se justamente nos momentos em que mais honestamente deveria sorrir, a vida insistirá sempre em pregar-me uma rasteira. À falta de resposta satisfatória resta-me contentar-me com uma das melhores partes da boa notícia: o mp3 vai voltar a acompanhar-me pelas ruas de Lisboa.

Nostalgias

Sinto falta de ler. De deixar-me seduzir por letras perfeitamente conjugadas num momento só meu de evasão e deleite. Sinto falta de escrever. Como dantes, quando deixava que o pensamento me guiasse os dedos, quando apenas uma palavra, uma emoção, conseguiam desencadear todo esse lavar de alma que a escrita sempre representou para mim. As palavras já não me têm encantado, já não me deixo enredar por elas tão facilmente. Mas ainda me seduzem. Ainda as contemplo, ainda me preenchem. E, ainda, não há momento em que viaje mais fundo em mim e melhor me conheça do que quando escrevo. Sinto falta de mim. De ser todas as esperanças, de encerrar todos os sonhos. De acreditar, com todas as forças e toda a paixão, que a vida vai ser o que eu gostaria que fosse. Mas as forças vão-me faltando e eu já não sei no que acredito. As formas claras que os meus olhos um dia viram são hoje, mais vezes do que gostaria, sombras vagas e imprecisas. Cansam-me os obstáculos, as apostas perdidas, o tempo que passa. Chega o medo, instala-se a incerteza de um caminho errado. A certeza, a cá de dentro, do presente e do agora, essa que eu finjo não ver, não me oferece solução. É tudo o que eu não quero saber, o que eu não quero que seja e é tudo onde me esgoto para contrariar a maré.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Felicidade e outras considerações vãs

A felicidade sempre me pareceu uma miragem, uma utopia, um milagre. A felicidade plena, a tempo inteiro, aborrecida e monótona. Não creio que exista. Sempre acreditei em momentos felizes, vislumbres de felicidade que fazem com que tudo o resto ganhe valor e sentido. A felicidade é, para mim, isso mesmo, um vislumbre. Real é a perseguição de um objectivo, é querer alcançar um momento feliz. E ter vários, simultâneos, vivê-los sempre, porque para nós basta e, no geral, é o suficiente para que sejamos felizes. Mas há sempre qualquer coisa que falta e que poderia tornar tudo melhor. E é nessa plenitude que não acredito e cuja inexistência creio ser até saudável.
A coragem para perseguir os momentos felizes, os que poderão oferecer-nos a sensação generalizada de felicidade, é dos elementos mais determinantes da nossa existência. É tão mais fácil cair na inércia, entregarmo-nos ao comodismo e, recostados no sofá, observarmos a vida a seguir o seu curso, isentos de responsabilidade, de risco, de ar. Não há ar fresco na cara, nem chuva a cair, nem sol a brilhar, tudo acontece porque sim. A segurança (ou a ilusão de que existe) pode ser um presente envenenado. A grande dificuldade, a par da coragem para quebrar o ciclo vicioso, é a capacidade de distinguir o real do imaginário. A verdade da mentira, a fase má da menos boa, a direcção certa da errada. A grande frustração, é que a vida é só uma. E tão pouco o tempo para decidir o que de melhor fazer com ela.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Que raio foste fazer, Anggun??

Eu até gostava bastante da moça, sobretudo desta canção

Mas depois vi isto e tudo mudou.
O coração caiu-me aos pés e o choque e a desilusão tomaram conta de mim. Ainda por cima, fui apanhada de surpresa. Apareceu-me esta actuação inesperada através de um zapping estacionado no programa do Goucha. Assim, a seco. (Já sei, já sei...quem me manda estacionar no programa do Goucha...!)

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O melhor das Segundas


Ela voltou, e em episódio duplo, todas as Segundas-feiras à noite, no AXN.
Adoro a série. Os diálogos são verosímeis, o argumento cativa e capta a atenção do princípio ao fim e as interpretações são convincentes e realistas. Mas, acima de tudo, a relação Joe/Allison transpira uma cumplicidade invejável, uma química evidente, o que torna impossível ao espectador não ficar rendido a esta família, a esta relação que, sem ser perfeita (e talvez por isso mesmo), é tão admirável.
Bem, parte do sucesso terá mesmo de caber ao marido da protagonista. A verdade é que Joe Dubois é um dream husband, daqueles que talvez não existam sem ser na ficção. *suspiro*

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Confirma-se a minha triste suspeita: sou uma piegas quando vou a casamentos.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Notepad 1

  • Podia dizer que podia estar melhor, que me falta tanta coisa, mas não vou entrar nesse caminho escuro. Prefiro dizer que tenho tanta, tanta sorte pelo que tenho. My heart is full.

  • Tive um óptimo dia de aniversário. Muito feliz, muito iluminado. Todos se lembraram, acarinharam-me, senti que sou amada. É tudo, TUDO o que basta.

  • A pousada da juventude de Alijó também me enviou os parabéns. No próprio dia e no dia seguinte. Estou a considerar a hipótese de ir conhecer Alijó. Parecem-me gente afável.

  • Tenho algumas reflexões a partilhar quanto ao (não) funcionamento de certas e determinadas entidades deste nosso Portugal. Chegará o dia.

  • Sinto-me muito enferrujada. Na fluidez de raciocínio, na fluidez de discurso, na escrita. Estou perra. Mas sei qual é a solução para remediar este problema.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Lei do mais forte

Descubro, tantas e tantas vezes, que basta um gesto positivo para anular um negativo. Uma palavra de apreço, uma manifestação de carinho e a desilusão dissipa-se.
Em mim, que facilmente me sinto defraudada se não há correspondência ao que espero receber do outro lado, o sorriso nasce naturalmente e instantaneamente se desfaz a memória negativa mediante um acto amigável, um gesto afável.
Não é que me contente com pouco ou que releve facilmente. De todo. Em caso de ferimento sério, não há grande hipótese de total e absoluta recuperação. Mas não é disso que falo. A verdade é que isto que descubro, tantas e tantas vezes, faz-me perceber o que realmente importa. Não serão os erros menores, os deslizes. O que realmente importa é que o genuíno afecto é generoso, sobrepõe-se à imperfeição humana e irradia luz por onde irrompe. Fortifica tudo em seu redor.
E que reconfortante é esta consciencialização.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

27

Hoje, tenho um corte de cabelo novo (mas não tão diferente assim).

Hoje, vou estrear um vestido azul.

Hoje, o dia começou com telefonemas e mimos e abraços e beijinhos e postais.

Hoje, imaginei os meus avós comigo.

Hoje, vou passar o dia com quem amo.

Hoje, vou beber sangria ao almoço, tirar fotografias e dar abraços.

Hoje é o dia do meu aniversário e estou feliz.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O que se aprende

Ao longo de uma vida, muito há a aprender. Heranças, riquezas que vêm de trás. Resquícios importantes, que transportamos connosco para o presente. Que nos moldam, que nos formam. Há quem aprenda bons modos, quem adquira gostos, quem cultive bons hábitos, quem semeie valores. Quem destaque na sua aprendizagem o respeito, a entreajuda, a honestidade. Há quem aprenda que os espíritos encarnam nos bonecos. Enfim, cada um de nós trará consigo pequenos tesouros, essenciais no decorrer de uma vida e até mesmo fulcrais no nosso comportamento social. Bem, e talvez aí resida o problema, nalguns casos:








"É uma espécie de amuleto da sorte?
Não. Eu aprendi que os espíritos que nos acompanham muitas vezes encarnam nos bonecos. E uma vez tive um sonho com um menino muito parecido com o boneco. Numa coincidência vi o boneco numa loja e não hesitei. Comprei e passou a andar sempre comigo. A história é esta!" daqui



Hoje estou assim. Corrijo: passei a semana assim. Hoje também, mas já não mordo.
Mas ainda me apetece atirar para o chão e fazer birra. Como presumo já não ter idade para figuras tais, faço-o aqui.

"It's my party and I'll cry if I want to
Cry if I want to, cry if I want to
You would cry too if it happened to you"


sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Hoje, como ontem

Agora que volto a escrever é que me lembro de como é libertador. Já me tinha esquecido de que nem é preciso um tema, uma concreta inspiração. Basta abrir uma página em branco e libertar os dedos; ir escrevendo e a catarse acontece. Há 10 anos com um caderno, hoje com um blog. Há 10 anos (talvez) mais dramática e, definitiva e logicamente, mais intimista. Hoje mais acompanhada e ainda tão autêntica.
É reconfortante reavivar memórias assim.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009





Agora o tempo parava e eu permanecia assim. Não avançava mais um ano, não ganhava rugas, não nada. Ficava assim, só na eterna expectativa de viver o dia que é meu, de ter mimos e atenção, alegria e felicidade, mas sem vivê-lo, sem passar por ele, que é como quem diz, sem envelhecer mais um pouco. Viveria a antecipação sem concretização, numa espécie de limbo do retardamento. E teria sempre algo de concreto e de bom a que aspirar.

Por outro lado, talvez não quisesse mesmo ficar sempre assim. Talvez prefira ganhar mais umas rugas e avançar no tempo, se isso significar ganhar em estabilidade, em realização pessoal, em experiência, em bonança a curto prazo. Se assim for, venham de lá essas rugas, - que até já há uns cremes bons - esse aproximar dos 30 (inverosímil), esse sentimento disfórico que fica depois do "já foi, já passou, fim de festa". Que as armas que hão-de ir ficando compensarão tudo isso e muito mais.
Haja optimismo, que a neura(ose) passará. E até é oportuno ir desabafando: é da idade.

terça-feira, 15 de setembro de 2009


Pergunto-me se o facto de me zangar com um coelho dirá algo sobre a minha sanidade mental.







E não, não é por ser fofinho.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

YOU are truly adorable

Não se faz. Fazer com que uma pessoa se desmanche assim em lágrimas, tímidas, que chegam devagarinho mal acabam de ler. E de ver. E de ver. De tal forma que é obrigada a retirar-se, de mansinho, para que a outra pessoa presente no mesmo espaço não se aperceba. Não se faz.

Não faz sentido falar de gratidão, quando faz todo o sentido falar de amizade. A amizade é dos valores, das emoções que mais prezo. É livre, não cobra, não deve nem precisa fazê-lo. Dou-a apenas a quem o merece e espero, com todas as forças, ser merecedora de quem ma dá. A dádiva de que faz sentido falar é esta, a dos afectos.

Mesmo quando a distância física nos separa mais do que gostaríamos, o que realmente importa continua a estar lá. E, muitas vezes, basta que assim seja.


Existe uma pessoa única, com uma sensibilidade extrema e uma singularidade especial, que eu gostava que soubesse o quanto me enternece, o quanto lhe admiro a unicidade e a inteligência e, acima de tudo, o quanto gosto dela.
:)*

sábado, 12 de setembro de 2009







Parabéns. Hoje será sempre o teu dia. Espero que saibas o quanto gosto de ti. Fica com as estrelas e o céu e os anjos e tudo o que é mágico e bonito e que fez parte do nosso mundo.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Aproxima-se o dia das eleições legislativas e eu inquieto-me. Mais do que cumprir um dever cívico e exercer um direito, queria muito que o meu dedo pudesse, também, apontar numa direcção concreta.

Tenho estado atenta aos debates e procurei os programas eleitorais para que possa estruturar a minha escolha da forma mais conscenciosa e responsável possível. A bem da verdade, não gosto de política. Soa-me demasiado a falso, demasiado a incompetência, ganância, corrupção e incoerência. Sempre me pareceu um palco em que os actores encarnam, forçosamente, o papel de adversários ferozes e desatam a criticar tudo o que venha da oposição, esquecendo-se do bem comum, o objectivo maior, o real interesse do País. Mas a democracia é um privilégio demasiado precioso para ser desperdiçado e há que honrá-la.

O parco leque de escolhas torna a tarefa árdua. O conservadorismo, a desconfiança, a falsidade, o irrealismo, o radicalismo. O facto de termos de confiar em alguém que sabemos estar a assumir um papel: o de defender acerrimamente a sua posição, qual gladiador que se debate num combate mortal e tudo fará, tudo dirá para sair ileso. Antes de qualquer outra questão, creio que é disto que se trata quando se está em campanha eleitoral. Talvez mesmo antes das ideologias, dos valores. Em campanha, interessa vencer. E isto parece-me perigoso.
Por tudo o que é e pelo que deveria ser, ocorre-me muito a célebre "With great power comes great responsibility".

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Adormeçam zangados

Juro que não entendo aquele conselho etéreo do "Nunca adormeçam zangados". Não entendo a utilidade.

A meu ver, um desentendimento nunca fez mal a ninguém. Bem pelo contrário. E não me parece que o desatar do nó, o consequente (ou não) entendimento tenha, peremptoriamente, de ser feito antes do anoitecer. Da mesma forma que uma discussão será, em princípio, espontânea, assim deverá ser o seu apaziguar. Não se força um estado de espírito.

Em todo o caso, deslindando-se no referido conselho conjugal a sugestão de não prolongar demasiado um problema, torna-se a reflexão mais realista. Concordo em absoluto. Não prolongar mais do que o estritamente necessário. Ou seja, apenas o que o coração dita. Preferencialmente sem deixar que emoções nefastas influam.

Eu diria "Adormeçam zangados se assim tiver de ser", que não há nada mais chato e menos autêntico que forçar uma reconciliação que ainda não se sente. As vísceras também devem ter uma palavra, de quando em vez.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Chegou a minha primeira prenda. Mas chegou na cor errada. E agora a cor que eu queria já esgotou. (mais um) Erro de (mais) uma empresa deste Portugal. Se a incompetência fosse ouro, estaríamos ricos. Adiante. O primeiro impulso foi devolver-lhes furiosamente o equipamento em questão, acrescido de uma bela reclamação, tal foi o impacto da desilusão.
Mas a questão é que agora já não sei se quero a cor que queria ou a cor que chegou. Oh dúvida, oh incerteza. Isto de ser mulher às vezes chateia.

Objectivamente:

Este

ou Este



Black or White, como na canção do malogrado MJ. A quem puder opinar, fico muito agradecida. Ou ficará esta cabecinha (ainda mais) confusa. E boa é que ela já não anda, Senhor.

domingo, 6 de setembro de 2009

Ansiedades

ansiedade | s. f.

ansiedade
s. f.
1. Comoção aflitiva do espírito que receia que uma coisa suceda ou não.
2. Sofrimento de quem espera o que é certo vir; impaciência.




O problema estará, muitas vezes, nas expectativas. As expectativas elevadas, que me fazem sonhar, alto ou nem tanto e que, paradoxalmente, me obrigam a encarar a realidade com maior amargura. Por muito que me dêem alento, acabam, inevitavelmente, por exacerbar as angústias.
Anseio constantemente pelo dia seguinte. Por um dia melhor, por uma reviravolta. Mesmo que nem sempre saiba exactamente como. Será que importa?
Há noites em que mal durmo, sonho constantemente, espero religiosamente. Elevam-se-me de novo as expectativas e a espera acaba por nunca ter fim. Como se percorresse um túnel mal alumiado, que nunca mais acaba. Eu continuo à espera do fim da linha. Desta linha. Para que possa embarcar noutra viagem.

Não tem sido fácil. As minhas angústias, as minhas frustrações. As nossas angústias, as nossas frustrações. Os nossos problemas, que maceram nesta esfera fechada. Não é, de todo, fácil. Mas a força mede-se pelos obstáculos. Melhor, a força advém dos obstáculos.
Não será a primeira fase negra (ou menos iluminada) da minha vida, nem tão-pouco a última. Sei que, a cada dia difícil, fico mais forte, mais sábia. Ficamos mais fortes e mais sábios. Não há experiência com a qual não se aprenda. Amparo-me no meu eterno optimismo para dar passos firmes e esperançosos. Na genuinidade que nos envolve para fortificar e embelezar as raízes. E continuo à espera, porque a espera há-de acabar. Em última instância, esperarei sempre, que a espera também nos move.

Não é fácil, mas que piada teria se fosse?

sábado, 5 de setembro de 2009

Fight it




O dia começou mal e irritante? Desiludiu-me, não foi? Profundamente mal-humorada? Pois bem, nestes casos, resta-me apenas uma alternativa (bem, na verdade duas, sendo a primeira desatar à cacetada aleatoriamente, o que me parece pouco viável, ainda que eficaz): ...
...corro a comprar uma caixa de gelado* e atiro-me a ela como se os quilos a mais fossem um mito urbano.


...
O dia terminou bem melhor do que começou e hoje há novo sol.


*muitas vezes, um novo ânimo pode muito bem vir dentro de uma caixa de gelado.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Coisas da vida

Caso houvesse uma aposta geral, em grande escala mesmo, de qual a pessoa com o maior número de entrevistas/propostas de emprego muuuito estranhas, pondo de lado a modéstia, acredito que ganharia. Assim de caras.
Não vou partilhar esses episódios bizarros com que a vida me tem presenteado (e dos quais, diga-se de passagem, aprendi já a esquivar-me com eficácia). Talvez um dia me dê para isso. Até lá, ficam no baú dos meus tesourinhos deprimentes, numa rubrica que ora me vai divertindo ora me vai espantando.
Ainda assim, sem entrar em pormenores, pergunto-me: quantos ter-se-ão já deparado com a possibilidade de serem Relações Públicas de um Spa de nudistas...hum?

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Os blogues assumem diferentes papéis, posições e importância consoante variados factores. Há-os de variadíssimas temáticas e graus de interesse. Como numa montra bem recheada, cada um escolherá o que melhor lhe aprouver.
Eu prefiro ler pessoas. Conhecer-lhes os pensamentos, os gostos, as reflexões. Descobrir afinidades, diferenças, novos mundos dentro de pessoas.

O meu blogue não é um blog temático. Nem filosófico, político, inovador, tecnológico, intelectual ou pseudo-intelectual. Não tem sequer um propósito. É apenas meu e, a ter um epíteto, aproximar-se-ia mais de um diário. Um registo frequente de desabafos, de escritos muito pessoais. Existe por mim e para mim e para os que me são próximos, física ou virtualmente.

Posto isto, que se inicie então mais um chorrilho de pensamentos/opiniões/desabafos totalmente inútil para os demais, mas tão catártico para mim. É bom estar de volta.

Retorno

Eu, que não gostava de amarelo, ressurjo em tons de amarelo. Com flores (as papoilas, minhas favoritas) e Amor a dar o mote. A mostrar que a simplicidade e os afectos são os eixos que me movem, as forças que me motivam. Volto mais serena e pronta para voltar a comunicar.
Que se inicie a nova fase, que a reciclagem findou.