segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O balanço

Regresso esta semana. Quinta-feira estarei de volta à minha terra, à minha casa, às minhas pessoas. O tempo voou. Estive, quase sempre, ocupada. Passeei muito, tirei muitas fotografias, dei muitas gargalhadas. Tive sorte com o tempo, o sol brilhou desde o segundo dia até ontem. Aprendi muito, conheci novos colegas de trabalho, comprovei a hospitalidade de uma cultura diferente. Tenho apenas boas recordações destas 3 semanas e meia longe de casa. Cerca de um mês em que vivi num outro país que não o meu. Uma nova experiência profissional e pessoal única, irrepetível, enriquecedora a variadíssimos níveis. Há oportunidades que sabemos não surgirem muitas vezes na vida - esta foi a minha once in a lifetime chance e eu creio que soube aproveitá-la. Hoje choveu o dia inteiro mas pouco importa. Todos os anteriores dias de sol são já compensadores. Estou preparada para o amanhã.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Diário de Bordo 1

Estar um mês fora de casa pode parecer irrelevante para muitos mas, para mim, que nunca estive mais do que uma semana ausente do meu canto, é um acontecimento importante. Assim sendo, inicio então os meus diários de bordo, desta que se está a revelar a viagem mais significativa que já fiz.
Viajo, pela primeira vez, em trabalho, embora seja inevitável não incluirmos o factor lazer quando se trata de um mês de ausência. Felizmente, não vim sozinha e temos como vantagem o facto de as pessoas que nos rodeiam serem todas agradáveis. Cheguei há quatro dias. Já tive um jantar com colegas aqui e gostei muito. Já passei por duas estações do ano num só dia e bati o dente em pleno Agosto. Já me senti sozinha, acompanhada, triste, animada, confiante e frustrada. Já me fartei de comer fora de casa e ainda só passaram quatro dias. Confirmei a minha dependência da internet. Confirmei que a capacidade de adaptação é uma qualidade essencial em todas vertentes da vida.
Suponho que, acima de tudo, tenha já aprendido a não desperdiçar uma boa oportunidade quando ela surge, mesmo que isso implique esforço, abdicação e auto-motivação para que se ultrapassem obstáculos.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

3,2,1

Em contagem decrescente para aquela que acredito ser uma das fases mais interessantes que alguma vez atravessei. Pela responsabilidade, pelas perspectivas, pelas expectativas e pela experiência em si que será, certamente, única.
Um mês de aprendizagem intensiva. Um mês de adaptação, de novas gentes e nova cultura. Um mês de esforço, de trabalho, de preparação e de suplantação dos limites. Um mês de saudades, muitas saudades, que já se enraizaram neste coração sentimentalão de quem nunca se afastou muito de quem ama. Um mês marcante, decisivo, que entrou de rompante na minha vida e é já tão importante. Um mês que começa dentro de poucos dias.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

De volta, porque sim

E sabe Deus até quando. Mas de volta, sim. Ou a voltar, devagarinho. Não que a sensação de que não tenho muito para dizer se tenha dissipado. Ou que pense agora que a réstia que possa haver seja interessante. Nem tão pouco a intenção catártica se renovou. Não, nada disso. Volta a apetecer-me regressar ao mundo dos blogues porque me fazem falta as pessoas. Sobretudo, as de sempre. Não sei bem em que estado vou encontrar este planeta. Houve alterações que tenho acompanhado, a assiduidade blogueira é menor e quase que me sinto um bocadinho como o imigrante que regressa às origens após uma longa ausência e dificilmente reconhece o que deixou para trás, porque muito mudou. Ainda assim, seja lá como for, estou a regressar.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

And so this is Christmas

Escrevo da minha sala, com a árvore de natal - por mim decorada - à minha frente e quem mais amo a rodear-me. Velas iluminam o ambiente, como eu gosto. Tenho o que basta para que a minha noite seja feliz.
Sinto ter deixado este meu Amor e Papoilas ao abandono. Estou mais fechada, muito menos inspirada e, creio que por força dos acontecimentos ao longo do último ano, muito mais introspectiva e muitíssimo menos comunicativa. Tudo isso reflecte-se aqui. Antagonicamente, o meu silêncio também me reflecte.
Se soubesse definir como me sinto, fá-lo-ia, mas há muito que não sei. Não será sempre assim.
Mas, enigmas à parte, escrevo hoje, porque não quero, de todo, deixar de formular os meus votos de Feliz Natal. Gosto do Natal. Muito. Sempre gostei. Já foi completo, já foi perfeito, mas continua a ser uma altura em que me sinto muito feliz por poder ter quem amo comigo. Ainda que já não sejam todos. Na verdade, é precisamente isso que hoje me faz valorizar tanto quem tenho. E estar grata por isso. Sinto-me de coração quente e cheio de alento porque é uma altura de união, de desfrutar do amor que nos rodeia. De reformular votos, de dizer que se ama, que se sente saudades, de olhar para o lado e ser solidário, de dizer, espontaneamente, que afinal nos lembramos de quem raramente vemos. E não há nada melhor neste mundo.
E é isto que venho dizer hoje. Que desejo que o vosso Natal seja tão caloroso, doce e aconchegante, como o meu, com certeza, será.
Feliz Natal.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Só gosto de ti

Hoje? Hoje estou assim. Felizmente, a maioria das minhas neuras é sol de pouca dura. Afinal, relativizar mais e perspectivar menos pode ser uma grande ajuda para que se viva melhor. E hoje...bem, hoje tenho todos os motivos para respirar fundo e sorrir.


domingo, 1 de novembro de 2009

A espera

Ofereceste-me ilusões e, com o tempo, eu fui querendo recebê-las. Os sonhos foram ganhando forma e eu esperei que se tornassem reais. As dificuldades surgiam sempre e eu esperava que se dissipassem. Houve tempos em que sim, outros nem tanto. Outros nem tanto. A vida foi passando e eu esperei que chegasse o dia. O dia da maturidade, da estrutura consolidada, dos demónios afugentados. Fiz o que pude e o que soube e lutei. E esperei, tive fé. Hoje, o presente passa-me diante dos olhos e eu sinto-me aprisionada, muda, mera espectadora enquanto o observo, lentamente, rapidamente a tornar-se passado. Enquanto espero. Percebo agora que tenho esperado mais do que deveria. Esperar, ter fé, perseguir um objectivo. Pergunto-me qual será a linha, ténue ou não, que separa os três. Se é que, de facto, existe. E pergunto-me quando será o momento de deixar que essa linha se parta.