quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Adormeçam zangados

Juro que não entendo aquele conselho etéreo do "Nunca adormeçam zangados". Não entendo a utilidade.

A meu ver, um desentendimento nunca fez mal a ninguém. Bem pelo contrário. E não me parece que o desatar do nó, o consequente (ou não) entendimento tenha, peremptoriamente, de ser feito antes do anoitecer. Da mesma forma que uma discussão será, em princípio, espontânea, assim deverá ser o seu apaziguar. Não se força um estado de espírito.

Em todo o caso, deslindando-se no referido conselho conjugal a sugestão de não prolongar demasiado um problema, torna-se a reflexão mais realista. Concordo em absoluto. Não prolongar mais do que o estritamente necessário. Ou seja, apenas o que o coração dita. Preferencialmente sem deixar que emoções nefastas influam.

Eu diria "Adormeçam zangados se assim tiver de ser", que não há nada mais chato e menos autêntico que forçar uma reconciliação que ainda não se sente. As vísceras também devem ter uma palavra, de quando em vez.

6 comentários:

  1. Eu não gosto de dormir zangada... posso ir dormir aborrecida, mas tem de haver uma palavra qq antes, um gesto, um beijo apenas para dizer boa noite...

    (Claro que durante o casamento isto me passou... corria o risco de morrer por excesso de sono!! LOL)

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  2. Oh Paulinha, tu és uma querida. Eu tenho a minha (grande) dose de mau feitio e enquanto não me passa a neura nada feito. Por outro lado, se quiserem tentar um golpe baixo, é tentar fazer-me rir. Geralmente não aguento a cara séria e cedo. Mas só se a neura não for forte!


    Mas sim, há alturas em que, mau-feitio à parte, corre-se mesmo o risco de morrer por excesso de sono lol

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  3. A noite faz, muitas vezes, "cozinhar" os sentimentos negativos. Eu prefiro sempre resolver as coisas antes de que arrefeçam.

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  4. Pronto, já vi que tenho pior feitio do que pensava! lol
    Entendo e concordo que há situações, discussões em que não é bom adiar o entendimento. No caso de mal-entendidos, por exemplo, em que que há necessidade de esclarecer algo, penso que não se deve adiar sob pena de se agravarem.
    Noutros casos, em discussões originadas por divergência de opiniões e pontos de vista ou qualquer outro motivo (e falo, sobretudo, de discussões entre casais), pessoalmente, preciso de deixar arrefecer os ânimos. Eu "fervo em pouca água", sou muito impulsiva e se não deixo a ira arrefecer acabo por dizer coisas que não quero, nem penso. Daí, para mim, ser melhor deixar que as pazes venham naturalmente :)

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  5. Comigo a neura também só passa quando passa. (Geralmente não demora muito, máximo de 3 dias).

    Não consigo resolver as coisas precoce e artificialmente. Quando a minha cabeça se dispõe a isso é que, vá, "já passou".

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