sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Notepad 1

  • Podia dizer que podia estar melhor, que me falta tanta coisa, mas não vou entrar nesse caminho escuro. Prefiro dizer que tenho tanta, tanta sorte pelo que tenho. My heart is full.

  • Tive um óptimo dia de aniversário. Muito feliz, muito iluminado. Todos se lembraram, acarinharam-me, senti que sou amada. É tudo, TUDO o que basta.

  • A pousada da juventude de Alijó também me enviou os parabéns. No próprio dia e no dia seguinte. Estou a considerar a hipótese de ir conhecer Alijó. Parecem-me gente afável.

  • Tenho algumas reflexões a partilhar quanto ao (não) funcionamento de certas e determinadas entidades deste nosso Portugal. Chegará o dia.

  • Sinto-me muito enferrujada. Na fluidez de raciocínio, na fluidez de discurso, na escrita. Estou perra. Mas sei qual é a solução para remediar este problema.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Lei do mais forte

Descubro, tantas e tantas vezes, que basta um gesto positivo para anular um negativo. Uma palavra de apreço, uma manifestação de carinho e a desilusão dissipa-se.
Em mim, que facilmente me sinto defraudada se não há correspondência ao que espero receber do outro lado, o sorriso nasce naturalmente e instantaneamente se desfaz a memória negativa mediante um acto amigável, um gesto afável.
Não é que me contente com pouco ou que releve facilmente. De todo. Em caso de ferimento sério, não há grande hipótese de total e absoluta recuperação. Mas não é disso que falo. A verdade é que isto que descubro, tantas e tantas vezes, faz-me perceber o que realmente importa. Não serão os erros menores, os deslizes. O que realmente importa é que o genuíno afecto é generoso, sobrepõe-se à imperfeição humana e irradia luz por onde irrompe. Fortifica tudo em seu redor.
E que reconfortante é esta consciencialização.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

27

Hoje, tenho um corte de cabelo novo (mas não tão diferente assim).

Hoje, vou estrear um vestido azul.

Hoje, o dia começou com telefonemas e mimos e abraços e beijinhos e postais.

Hoje, imaginei os meus avós comigo.

Hoje, vou passar o dia com quem amo.

Hoje, vou beber sangria ao almoço, tirar fotografias e dar abraços.

Hoje é o dia do meu aniversário e estou feliz.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O que se aprende

Ao longo de uma vida, muito há a aprender. Heranças, riquezas que vêm de trás. Resquícios importantes, que transportamos connosco para o presente. Que nos moldam, que nos formam. Há quem aprenda bons modos, quem adquira gostos, quem cultive bons hábitos, quem semeie valores. Quem destaque na sua aprendizagem o respeito, a entreajuda, a honestidade. Há quem aprenda que os espíritos encarnam nos bonecos. Enfim, cada um de nós trará consigo pequenos tesouros, essenciais no decorrer de uma vida e até mesmo fulcrais no nosso comportamento social. Bem, e talvez aí resida o problema, nalguns casos:








"É uma espécie de amuleto da sorte?
Não. Eu aprendi que os espíritos que nos acompanham muitas vezes encarnam nos bonecos. E uma vez tive um sonho com um menino muito parecido com o boneco. Numa coincidência vi o boneco numa loja e não hesitei. Comprei e passou a andar sempre comigo. A história é esta!" daqui



Hoje estou assim. Corrijo: passei a semana assim. Hoje também, mas já não mordo.
Mas ainda me apetece atirar para o chão e fazer birra. Como presumo já não ter idade para figuras tais, faço-o aqui.

"It's my party and I'll cry if I want to
Cry if I want to, cry if I want to
You would cry too if it happened to you"


sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Hoje, como ontem

Agora que volto a escrever é que me lembro de como é libertador. Já me tinha esquecido de que nem é preciso um tema, uma concreta inspiração. Basta abrir uma página em branco e libertar os dedos; ir escrevendo e a catarse acontece. Há 10 anos com um caderno, hoje com um blog. Há 10 anos (talvez) mais dramática e, definitiva e logicamente, mais intimista. Hoje mais acompanhada e ainda tão autêntica.
É reconfortante reavivar memórias assim.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009





Agora o tempo parava e eu permanecia assim. Não avançava mais um ano, não ganhava rugas, não nada. Ficava assim, só na eterna expectativa de viver o dia que é meu, de ter mimos e atenção, alegria e felicidade, mas sem vivê-lo, sem passar por ele, que é como quem diz, sem envelhecer mais um pouco. Viveria a antecipação sem concretização, numa espécie de limbo do retardamento. E teria sempre algo de concreto e de bom a que aspirar.

Por outro lado, talvez não quisesse mesmo ficar sempre assim. Talvez prefira ganhar mais umas rugas e avançar no tempo, se isso significar ganhar em estabilidade, em realização pessoal, em experiência, em bonança a curto prazo. Se assim for, venham de lá essas rugas, - que até já há uns cremes bons - esse aproximar dos 30 (inverosímil), esse sentimento disfórico que fica depois do "já foi, já passou, fim de festa". Que as armas que hão-de ir ficando compensarão tudo isso e muito mais.
Haja optimismo, que a neura(ose) passará. E até é oportuno ir desabafando: é da idade.

terça-feira, 15 de setembro de 2009


Pergunto-me se o facto de me zangar com um coelho dirá algo sobre a minha sanidade mental.







E não, não é por ser fofinho.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

YOU are truly adorable

Não se faz. Fazer com que uma pessoa se desmanche assim em lágrimas, tímidas, que chegam devagarinho mal acabam de ler. E de ver. E de ver. De tal forma que é obrigada a retirar-se, de mansinho, para que a outra pessoa presente no mesmo espaço não se aperceba. Não se faz.

Não faz sentido falar de gratidão, quando faz todo o sentido falar de amizade. A amizade é dos valores, das emoções que mais prezo. É livre, não cobra, não deve nem precisa fazê-lo. Dou-a apenas a quem o merece e espero, com todas as forças, ser merecedora de quem ma dá. A dádiva de que faz sentido falar é esta, a dos afectos.

Mesmo quando a distância física nos separa mais do que gostaríamos, o que realmente importa continua a estar lá. E, muitas vezes, basta que assim seja.


Existe uma pessoa única, com uma sensibilidade extrema e uma singularidade especial, que eu gostava que soubesse o quanto me enternece, o quanto lhe admiro a unicidade e a inteligência e, acima de tudo, o quanto gosto dela.
:)*

sábado, 12 de setembro de 2009







Parabéns. Hoje será sempre o teu dia. Espero que saibas o quanto gosto de ti. Fica com as estrelas e o céu e os anjos e tudo o que é mágico e bonito e que fez parte do nosso mundo.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Aproxima-se o dia das eleições legislativas e eu inquieto-me. Mais do que cumprir um dever cívico e exercer um direito, queria muito que o meu dedo pudesse, também, apontar numa direcção concreta.

Tenho estado atenta aos debates e procurei os programas eleitorais para que possa estruturar a minha escolha da forma mais conscenciosa e responsável possível. A bem da verdade, não gosto de política. Soa-me demasiado a falso, demasiado a incompetência, ganância, corrupção e incoerência. Sempre me pareceu um palco em que os actores encarnam, forçosamente, o papel de adversários ferozes e desatam a criticar tudo o que venha da oposição, esquecendo-se do bem comum, o objectivo maior, o real interesse do País. Mas a democracia é um privilégio demasiado precioso para ser desperdiçado e há que honrá-la.

O parco leque de escolhas torna a tarefa árdua. O conservadorismo, a desconfiança, a falsidade, o irrealismo, o radicalismo. O facto de termos de confiar em alguém que sabemos estar a assumir um papel: o de defender acerrimamente a sua posição, qual gladiador que se debate num combate mortal e tudo fará, tudo dirá para sair ileso. Antes de qualquer outra questão, creio que é disto que se trata quando se está em campanha eleitoral. Talvez mesmo antes das ideologias, dos valores. Em campanha, interessa vencer. E isto parece-me perigoso.
Por tudo o que é e pelo que deveria ser, ocorre-me muito a célebre "With great power comes great responsibility".

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Adormeçam zangados

Juro que não entendo aquele conselho etéreo do "Nunca adormeçam zangados". Não entendo a utilidade.

A meu ver, um desentendimento nunca fez mal a ninguém. Bem pelo contrário. E não me parece que o desatar do nó, o consequente (ou não) entendimento tenha, peremptoriamente, de ser feito antes do anoitecer. Da mesma forma que uma discussão será, em princípio, espontânea, assim deverá ser o seu apaziguar. Não se força um estado de espírito.

Em todo o caso, deslindando-se no referido conselho conjugal a sugestão de não prolongar demasiado um problema, torna-se a reflexão mais realista. Concordo em absoluto. Não prolongar mais do que o estritamente necessário. Ou seja, apenas o que o coração dita. Preferencialmente sem deixar que emoções nefastas influam.

Eu diria "Adormeçam zangados se assim tiver de ser", que não há nada mais chato e menos autêntico que forçar uma reconciliação que ainda não se sente. As vísceras também devem ter uma palavra, de quando em vez.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Chegou a minha primeira prenda. Mas chegou na cor errada. E agora a cor que eu queria já esgotou. (mais um) Erro de (mais) uma empresa deste Portugal. Se a incompetência fosse ouro, estaríamos ricos. Adiante. O primeiro impulso foi devolver-lhes furiosamente o equipamento em questão, acrescido de uma bela reclamação, tal foi o impacto da desilusão.
Mas a questão é que agora já não sei se quero a cor que queria ou a cor que chegou. Oh dúvida, oh incerteza. Isto de ser mulher às vezes chateia.

Objectivamente:

Este

ou Este



Black or White, como na canção do malogrado MJ. A quem puder opinar, fico muito agradecida. Ou ficará esta cabecinha (ainda mais) confusa. E boa é que ela já não anda, Senhor.

domingo, 6 de setembro de 2009

Ansiedades

ansiedade | s. f.

ansiedade
s. f.
1. Comoção aflitiva do espírito que receia que uma coisa suceda ou não.
2. Sofrimento de quem espera o que é certo vir; impaciência.




O problema estará, muitas vezes, nas expectativas. As expectativas elevadas, que me fazem sonhar, alto ou nem tanto e que, paradoxalmente, me obrigam a encarar a realidade com maior amargura. Por muito que me dêem alento, acabam, inevitavelmente, por exacerbar as angústias.
Anseio constantemente pelo dia seguinte. Por um dia melhor, por uma reviravolta. Mesmo que nem sempre saiba exactamente como. Será que importa?
Há noites em que mal durmo, sonho constantemente, espero religiosamente. Elevam-se-me de novo as expectativas e a espera acaba por nunca ter fim. Como se percorresse um túnel mal alumiado, que nunca mais acaba. Eu continuo à espera do fim da linha. Desta linha. Para que possa embarcar noutra viagem.

Não tem sido fácil. As minhas angústias, as minhas frustrações. As nossas angústias, as nossas frustrações. Os nossos problemas, que maceram nesta esfera fechada. Não é, de todo, fácil. Mas a força mede-se pelos obstáculos. Melhor, a força advém dos obstáculos.
Não será a primeira fase negra (ou menos iluminada) da minha vida, nem tão-pouco a última. Sei que, a cada dia difícil, fico mais forte, mais sábia. Ficamos mais fortes e mais sábios. Não há experiência com a qual não se aprenda. Amparo-me no meu eterno optimismo para dar passos firmes e esperançosos. Na genuinidade que nos envolve para fortificar e embelezar as raízes. E continuo à espera, porque a espera há-de acabar. Em última instância, esperarei sempre, que a espera também nos move.

Não é fácil, mas que piada teria se fosse?

sábado, 5 de setembro de 2009

Fight it




O dia começou mal e irritante? Desiludiu-me, não foi? Profundamente mal-humorada? Pois bem, nestes casos, resta-me apenas uma alternativa (bem, na verdade duas, sendo a primeira desatar à cacetada aleatoriamente, o que me parece pouco viável, ainda que eficaz): ...
...corro a comprar uma caixa de gelado* e atiro-me a ela como se os quilos a mais fossem um mito urbano.


...
O dia terminou bem melhor do que começou e hoje há novo sol.


*muitas vezes, um novo ânimo pode muito bem vir dentro de uma caixa de gelado.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Coisas da vida

Caso houvesse uma aposta geral, em grande escala mesmo, de qual a pessoa com o maior número de entrevistas/propostas de emprego muuuito estranhas, pondo de lado a modéstia, acredito que ganharia. Assim de caras.
Não vou partilhar esses episódios bizarros com que a vida me tem presenteado (e dos quais, diga-se de passagem, aprendi já a esquivar-me com eficácia). Talvez um dia me dê para isso. Até lá, ficam no baú dos meus tesourinhos deprimentes, numa rubrica que ora me vai divertindo ora me vai espantando.
Ainda assim, sem entrar em pormenores, pergunto-me: quantos ter-se-ão já deparado com a possibilidade de serem Relações Públicas de um Spa de nudistas...hum?

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Os blogues assumem diferentes papéis, posições e importância consoante variados factores. Há-os de variadíssimas temáticas e graus de interesse. Como numa montra bem recheada, cada um escolherá o que melhor lhe aprouver.
Eu prefiro ler pessoas. Conhecer-lhes os pensamentos, os gostos, as reflexões. Descobrir afinidades, diferenças, novos mundos dentro de pessoas.

O meu blogue não é um blog temático. Nem filosófico, político, inovador, tecnológico, intelectual ou pseudo-intelectual. Não tem sequer um propósito. É apenas meu e, a ter um epíteto, aproximar-se-ia mais de um diário. Um registo frequente de desabafos, de escritos muito pessoais. Existe por mim e para mim e para os que me são próximos, física ou virtualmente.

Posto isto, que se inicie então mais um chorrilho de pensamentos/opiniões/desabafos totalmente inútil para os demais, mas tão catártico para mim. É bom estar de volta.

Retorno

Eu, que não gostava de amarelo, ressurjo em tons de amarelo. Com flores (as papoilas, minhas favoritas) e Amor a dar o mote. A mostrar que a simplicidade e os afectos são os eixos que me movem, as forças que me motivam. Volto mais serena e pronta para voltar a comunicar.
Que se inicie a nova fase, que a reciclagem findou.